DIÁRIO DO CONGRESSO
- FREDERICO SPENCER

- 9 de mai. de 2022
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Mário Juruna, cacique e índio, carrega um deus eletrônico por imantação, grava vozes numa fita: aquilo que outras tribos falam.
O magnetofone: instrumento de reter informações, que sua tribo ouve:
o cacique aprisiona vozes, numa fita flexível de plástico em um instrumento importado de falar, verdades:
o magnetofone grava palavras para outros ouvidos, impressas no magnético: na linha do tempo; todas as tribos ouvem,
vozes: gravuras das almas, com halo ou sem; no aparelho de som, a reprodução: o limbo daquelas almas penadas. Com o tempo
o magnetofone enferrujou o cacique não usa mais as fitas de emparedar as vozes, que sabe, não existem as tais gravuras.







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