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DIÁRIO DO CONGRESSO


Mário Juruna, cacique e índio, carrega um deus eletrônico por imantação, grava vozes numa fita: aquilo que outras tribos falam.

O magnetofone: instrumento de reter informações, que sua tribo ouve:

o cacique aprisiona vozes, numa fita flexível de plástico em um instrumento importado de falar, verdades:

o magnetofone grava palavras para outros ouvidos, impressas no magnético: na linha do tempo; todas as tribos ouvem,

vozes: gravuras das almas, com halo ou sem; no aparelho de som, a reprodução: o limbo daquelas almas penadas. Com o tempo


o magnetofone enferrujou o cacique não usa mais as fitas de emparedar as vozes, que sabe, não existem as tais gravuras.


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