OCEANOS AMEAÇADOS
- FREDERICO SPENCER

 - 7 de jul.
 - 2 min de leitura
 
Atualizado: 8 de jul.

O mais recente relatório divulgado pela UNESCO sobre o aquecimento dos oceanos, revelou a grande preocupação de 100 cientistas de mais de trinta países, que se reuniram para estudos de dados recentes sobre a alta da temperatura nos oceanos, para tanto foram levantadas as seguintes questões: elevação do nível dos oceanos, a poluição, a acidificação, a desoxigenação, o carbono azul e consequentemente a perda da biodiversidade.
Enquanto a temperatura da atmosfera na terra tende a crescer numa escala mais branda, os oceanos estão aquecendo de forma mais rápida: “O relatório indica que os oceanos estão aquecendo a uma taxa duas vezes maior do que há vinte anos atrás e que no ano de 2023 houve um dos maiores aumentos desde a década de 1950.”
Outros dados também indicam as causas que contribuem para o aumento da temperatura dos oceanos: “A acidificação crescente também é uma grande preocupação: 25-30% das emissões de combustíveis fósseis são absorvidas pelo oceano, esse excesso de CO2 está remodelando a própria composição química do oceano. Desde os tempos pré-industriais, a acidificação oceânica aumentou 30%, e alcançará 170% até 2100.”
Segue o relatório: “Desde a década de 1960, o oceano perdeu 2% de seu oxigênio devido ao aquecimento das temperaturas e aos poluentes, incluindo águas residuais e escoamento superficial (run-off) agrícola.” Mas apontam um alento - “As Florestas marinhas, incluindo manguezais, pradarias de ervas marinhas e pântanos salgados, são capazes de absorver até cinco vezes mais carbono do que as florestas em terra. Além de serem portos vitais para a biodiversidade, representam uma das melhores barreiras contra o aquecimento global.”
Indo mais adiante na leitura do relatório: “As Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) são conhecidas por proteger a biodiversidade, abrigando 72% das 1.500 espécies marinhas ameaçadas da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Os novos dados da UNESCO evidenciam que quanto maior o nível de regulamentação em uma AMP, mas ela é eficaz na proteção dos ecossistemas locais.”
A elevação do nível do mar acontece primordialmente pelo derretimento das geleiras, motivado pelo aumento da temperatura em todo o globo, essa elevação traz consequências catastróficas para as cidades margeadas pelos oceanos, além da morte dos corais que são fontes de abrigo e alimento de várias espécies marinhas. Também acontece a desoxigenação dos oceanos, devido ao acumulo de lixo de toda ordem e que são despejados diariamente em suas águas, essa desoxigenação é responsável pela morte tanto de animais marinhos quanto de sua flora.
Também foi ressaltado no relatório o papel que os manguezais desempenham para o equilíbrio da temperatura em nosso planeta, porque capturam e armazenam o CO² circulante na atmosfera, processo este conhecido como o carbono azul, mitigando desta forma os efeitos das mudanças climáticas.
São alarmantes os resultados dos estudos dos cientistas da UNESCO, que apontam que devemos de alguma maneira tentarmos reverter o processo do aumento da temperatura em nosso planeta. Esta é nossa casa e para tanto, devemos rever nossas ações de consumo desenfreado.






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